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Você está onde quer estar? Entenda o que acontece na Fase Consciente.

Alice Follmann

Os resultados da luta, da persistência e determinação aparecem.


Os sonhos projetados e arquitetados através do desejo, pensamento, meditação e visualização, sentimentos e atitudes começam a ficar bem claros.


Neste período a maioria já tem uma família e a responsabilidade com as três principais dimensões do ser humano, que é: Profissão, Relacionamento e Qualidade de Vida, “Saúde psíquica e física”, isso faz com que o indivíduo assuma muitas responsabilidades em cada uma dessas dimensões


Ao longo da vivência adquirimos experiências para assumir cada vez mais desafios maiores. Cuidamos mais ao tomar decisões e dar um passo adiante com mais segurança. Temos autodomínio e consciência dos nossos atos, somos mais seletos e observadores. Porém se necessário mudar a direção de tudo devemos fazer, percebemos que somos seres únicos e individuais, e somos responsáveis pela nossa vida.


Aprendemos a descomplicar, deixar o orgulho e o ego para traz, sair da subjetividade, da fantasia, da ilusão para aplicar atitudes objetivas. Colocando-nos ao analisar uma situação um pouco mais distante, para poder observar conscientemente as atitudes e comportamentos dos outros e principalmente dos nossos.


Apesar de agora sermos mais conscientes, emocionalmente passamos por um período crítico entre os 35 e 42 porque em algum momento dessa passagem estaremos percebendo que estamos na metade da vida ativa e surgem questionamentos: O que eu fiz até agora? Olho para trás e me pergunto, a metade da minha vida se foi? E agora é tarde demais, não estudei não me capacitei. Como estarei com o dobro da minha idade? Gosto da minha profissão? Gosto de meu relacionamento? Gosto da qualidade de vida que levo? Aquilo que deixei de fazer posso assumir agora? Onde deixei os meus sonhos? Eu sou feliz? Qual e a razão da minha existência? Qual a minha missão de vida? Eu sou capaz? Quais são meus limites?


Esquecemo-nos de ponderar a nossa vida, e agora chegou o momento, mesmo que o corpo físico dê sinais de limites a serem respeitados, o nosso corpo emocional e mental nos cobra a falta de realização. Estas perguntas criam uma “Crise de Autenticidade” segundo Bernard Lievegoed em seu livro Fases da Vida.


Na minha experiência como Terapeuta Holística com clientes desta faixa etária, a mulher luta pela aparência física, corpo, cabelo, salto alto, se já é bem sucedida profissionalmente. Se não é bem sucedida profissionalmente entra em depressão por falta de realização profissional, se ainda não teve filhos cria expectativas para engravidar. Quando já tem um relacionamento raramente fala que está feliz, nessa busca por conservar a juventude, a saia encurta, o decote desse e a procura pela liberdade aumenta, pede separação.


O homem questiona sua masculinidade e tende a ter um guarda-roupa colorido, usa bermuda tênis e meia soquete, e sente atração por coisas radicais se contentando muitas vezes com um carrão, barco ou uma moto, trilha, pescaria, acampamentos, encontros de amigos e comida.


É um período de autoafirmação, passamos por turbulências e perrengues.


Estas provações colocam em jogo a nossa personalidade diante os jovens, nossa estrutura psíquica sofre fortes questionamentos, e estes questionamentos começam a abrir novos e reais caminhos, que façam sentido ao que percebemos diante as nossas atitudes e comportamentos nesta fase.


Descobrimos que só nós temos as respostas para sair dessa turbulência de olhar para trás e olhar para frente, desejar saber onde realmente estamos e como viver a vida, vivendo o aqui e agora usufruindo as maravilhas, o belo que a vida nos dá de presente.


Dependendo do estado psicológico em que a pessoa se encontra, ela se âncora ao passado, outros apenas ao presente e poucos somarão passado mais presente para ter um futuro digno.


A mulher e o homem sábios neste momento se preparam para envelhecer com dignidade, enfatizam as perguntas, buscam soluções, entram em estado de segurança e tranquilidade com paz de espirito.


O corpo físico já não tem mais a mesma agilidade, tem pessoas que querem executar tarefas de jovens ainda como uma forma de refazer o que não fizeram no período da juventude, tentam até competir com eles, ou tentam colocar em prova suas frustrações. Outros por sua vez usam a sabedoria e trocam as atividades de impacto físico e emocional, por atividades que agreguem valor a essa nova qualidade de vida, fazendo trabalhos de solidariedade e liderança e se dispõe como voluntários.


É um fase bem critica. A mulher mostra mais maturidade, mesmo que os meios de comunicação disseminam o neoliberalismo. Se necessário a mulher procura ajuda, enquanto muitos homens fogem buscando no sexo, na comida ou no álcool aquilo que não consegue compreender, quando fala das suas intimidades é apenas com outro que está na mesma situação em que ele está.


Este e o motivo pelo qual nesta faixa etária ocorrem separações, divórcios, novos relacionamentos, filhos, mudanças de emprego ou até de profissão. Se os cônjuges dialogassem não teriam tanto sofrimento, é apenas uma questão de falar dos seus sentimentos, ouvir um ao outro entender compreender aceitar e superar.


A parte positiva disto é que novos relacionamentos, filhos e mudanças de profissão, rejuvenescem a pessoa.


O questionamento terapêutico é que podemos fazer isso sem trocar de parceiro. Conversando e apimentando o relacionamento atual, falando das fantasias, tendo ou adotando um filho, dialogando com a família e os afetados, sem desistir dos sonhos. Este é o caminho, lapidar a obra de arte que se tem, ela ainda não está pronta, e continuar esculpindo todos os dias. Por natureza humana todos necessitam conquistar e ser conquistado todos os dias.


É uma fase que se pegamos muitas vezes passando por uma tristeza profunda e sentimentos de solidão. O diálogo, a comunicação e socialização são determinantes para ajustar as diferenças. Correr atrás de realizar sonhos, metas e objetivos provocam as vesses muitas mudanças que causam impactos: sair da zona de comodismo do conforto, condições financeiras, relações sociais, relações afetivas, familiares.


Profissionalmente somos muito ativos e produtivos, se temos liderança nos tornamos mais sensíveis e observadores das necessidades e desejos dos outros. Centralizamos as energias o entusiasmo em cada desafio, e nos auto motivamos para o desenvolvimento, aprendemos a delegar com responsabilidade, estimulando cada colaborador.


Entramos em estado da arte e da sabedoria, como líderes, vão às reuniões de coração receptivo as ideias dos colaboradores até aceitamos que nossas propostas podem ser melhoradas ou substituídas. Vemos, sentimos, mas principalmente escutamos para atingir objetivos e aprendemos o verdadeiro significado da eficácia.


Definitivamente deixamos de administrar coisas e nos orgulhamos de administrar pessoas. A luta por ganhar ou perder na profissão cede espaço a filosofia de que todos podem ganhar, e o individualismo fica do lado, passa a somar talentos não só seus, mas dos outros também.


Descobrimos virtudes e valores escondidos em nós mesmos e assim os sonhos pensados, sentidos e imaginados tende a se tornar realidade. Nos auto -educamos e autodesenvolvemos, os outros nos respeitam mais, somos mais humildes e aceitamos com mais facilidade as críticas quando elas são bem intencionadas.


O nosso corpo e nossa alma neste período tende entrar em sintonia. A consolidação física e psíquica que durante 42 anos lutou para se aproximar e agora começa inevitavelmente a separação. A criança interior carente vai se retirando do corpo físico e tornando-se livre, nos deixando o legado de amadurecimento espiritual.


Fisicamente lutamos contra a gravidade, a perda de ritmos, e tanto homens ou mulheres são chamadas por natureza a entender o que é uma pausa, que já não temos o mesmo ritmo de antes. Que tudo tem limite e estamos inseridos num ciclo vital que é natural do ser humano, assim como tudo no universo tem seu período e seu ciclo.


Assista e saiba mais sobre a Fase Consciene - Fases da vida

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