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A fase adolescente num ser humano, segundo o defensor da sensibilidade Rudolf Steiner, é considerada entre os 14 e 21 anos.
Época da puberdade e sexualidade madura, momentos de muita energia e de crises, que devem ser condicionados para o desenvolvimento. De certa maneira, nesta fase vivemos um sonho que é desvendado pelo inconsciente coletivo, desde Adão e Eva, que por ter comido a maçã da árvore do conhecimento, teremos que dar a luz com dores e ganhar a vida com sacrifícios.
Neste período os adolescentes vivem uma profunda separação da sexualidade. Questionam tudo, pais, Deus, sexo, entidades, educadores. Nesse questionamento, um vazio existencial, uma angústia toma conta de suas almas.
Ficam mais instintivos e discordando do pensamento, sentimento e atitudes. Assumem pensamentos filosóficos que levam a extremos: grande socialização ou isolamento. Crises existenciais.
São muito sentimentalistas junto a uma vontade excessiva que em algumas oportunidades se direcionam para agressividade competitiva. Nesta idade desejam viver todos os “esportes e pensamentos radicais”, buscando respostas para aquilo que os incomoda e não compreendem.
São momentos preciosos onde se deparam com o espelho do tempo perguntando-se: “De onde eu vim? Onde estou? E qual e a razão da minha existência?”. Criam dúvidas a respeito dos seus próprios pensamentos, e se perguntam: Estas são minhas ideias, minhas escolhas ou a dos meus pais? Demoram muito tempo para compreender que a sua individualidade e independência, estarão sempre atreladas às suas raízes, da convivência com seus familiares e sua linha genética.
Viram um pêndulo, desejando a liberdade, identidade própria, criticando, invocado autenticidade das autoridades mais próximas, e só quando perdem esse vinculo é que percebe quão importante é para seu destino. Quantos adolescentes fazem isso com seus pais...
Quanto a profissão, milhares de jovens estudam sem saber para quê. Não sabe qual a sua missão de vida. Não tem uma visão objetiva do futuro, isso causa muita angústia e é um dos fatores que causa muitas crises neuróticas na pessoa.
É uma necessidade básica de a pessoa desenvolver suas habilidades e sua inteligência. O jovem ao cursar o ensino médio já deve ter bem claro a sua definição do que vai fazer para que se sinta satisfeito e inteiro.
Os pais não devem influenciar os filhos na escolha de sua profissão de acordo com os gostos ou interesses deles, mas de acordo com o gosto, habilidade, talentos e interesses do adolescente, pois escolher uma profissão é optar por um projeto de vida.
“Escolher uma profissão é optar por um projeto de vida”.
Os pais devem assumir um papel importante sim, o de despertar no jovem o interesse de ser alguém, e orienta-lo na busca deste caminho que o levará a realização na vida.
A profissão nesta idade varia muito devido ao grande crescimento populacional e a migração por falta de recursos, assim temos vidas direcionadas para a sobrevivência sendo-lhes cortada a possibilidade de estudar e desenvolver, assumindo profissões sem escolha, fazendo trabalhos de rotina atrofiando a criatividade.
Mesmo assim decorrem as seguintes perguntas: ciências exatas ou humanas, engenharia ou medicina, jornalismo ou administração?
Uma grande parte não acha respostas no processo atual onde as profissões estão muito diversificadas. É neste ponto onde nascem os líderes, na falta e no excesso, são poucos, independente de condição social, ter-se iniciado no campo de trabalho ainda criança ou vindo de uma família economicamente equilibrada. Tais líderes começam organizando jogos de futebol, festas, se candidatam a cargos nas escolas ou entidades de classe, são convidados para passar conhecimento ou dar aulas, participam de jogos federativos, se interessam e participam de movimentos políticos, religiosos ou beneficentes.
São momentos de grande afirmação, onde eles impõem seus pontos de vista muitas vezes pelo tom alto da voz.
Nesta fase, que o corpo (Veiculo físico) e a alma (piloto espiritual) se condensam formando a maturidade. O corpo físico é direcionado pelos pensamentos e emoções.
O final desta fase liberta o EU e a identidade da alma individual. Assumir a própria vida.
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